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Kids pretos plano para matar Lula

Os “Kids Pretos” e o plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes

Os “Kids Pretos” e o plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes. No último domingo, 17 de novembro de 2024, a Polícia Federal revelou detalhes sobre um grupo chamado “Kids Pretos”, acusado de planejar o assassinato de líderes políticos como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A investigação faz parte da Operação Tempus Veritatis, que busca desmontar estruturas conspiratórias contra o Estado democrático de direito no Brasil.

Descoberta do Grupo

Os “Kids Pretos” foram identificados pois foi realizada uma ampla investigação que envolveu monitoramento de comunicações e análise de movimentações financeiras suspeitas. O grupo é composto por militares e agentes de segurança altamente treinados, com histórico em operações especiais do Exército Brasileiro. A PF aponta que o plano, detalhado e com forte embasamento técnico, incluía monitoramento de alvos, planejamento de evasões e controle de cenários de crise.

Entre os detidos estão três militares com formação em operações especiais, além de um general reformado e um agente da Polícia Federal. O plano era apoiado por um suposto “Gabinete Institucional de Gestão de Crises”, que organizava as estratégias do grupo para minimizar reações adversas aos ataques planejados.

Quem são os “Kids Pretos”?

O termo “Kids Pretos” é um apelido atribuído a militares das Forças Especiais do Exército, caracterizados pelo uso de chapéus pretos durante missões. Esse grupo tem um histórico de atuação em operações de alto risco, como combate ao terrorismo e gestão de crises em conflitos internos. Formado por profissionais altamente qualificados, o contingente é parte da Força de Ação Rápida Estratégica do Exército Brasileiro e está subordinado ao Comando de Operações Terrestres (COTER).

Além disso, segundo investigações, o envolvimento de integrantes das Forças Especiais no esquema sugere um uso deturpado de suas capacidades técnicas e logísticas, o que amplificou a gravidade das acusações, pois o grupo possuía uma estrutura organizada, com divisão de tarefas, destacando o nível de sofisticação do plano.

Conexões com o Passado Político

As investigações apontam também ligações dos “Kids Pretos” com figuras políticas e eventos anteriores. Relatórios indicam que integrantes do grupo já tinham articulado, em 2022, ações voltadas a impedir a posse de Lula, além de limitar a atuação do STF. Durante o governo de Jair Bolsonaro, pelo menos 26 militares ligados às Forças Especiais participaram de altos cargos, o que levanta questionamentos sobre a proximidade do grupo com círculos de poder à época.

“Kids Pretos” e o Plano de Assassinato

Os crimes atribuídos ao grupo incluem tentativa de abolição do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. O planejamento envolvia ataques diretos a líderes políticos, considerados ameaças ao projeto conspiratório. A PF destacou que o nível de detalhamento do plano reflete o grau de ameaça que ele representava para a estabilidade institucional do país.

Antes de tudo, autoridades e analistas políticos reforçaram a importância da operação para a proteção da democracia. “Estivemos mais próximos do que imaginávamos do inimaginável”, afirmou o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, sobre as ações desarticuladas.

A Resposta da Sociedade

Logo após sua descoberta, o caso gerou indignação e preocupação em diversos setores. Líderes políticos e organizações civis destacaram a necessidade de uma resposta contundente contra atos que ameaçam as instituições democráticas. Além disso, o episódio reacendeu debates sobre o papel das forças de segurança e a necessidade de mecanismos mais rígidos de controle e transparência.

Em suma, a continuidade das investigações promete revelar mais detalhes sobre a estrutura do grupo e possíveis financiadores. Para a sociedade brasileira, o desmantelamento do esquema reafirma o compromisso das instituições em defender a ordem democrática e o estado de direito.